Presídio no Século 19

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domingo, 20 de dezembro de 2009

A Flor de Lótus


Mensagem de Natal



“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.

E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.”

I João, cap. 3, v. 1 a 3.



Minhas palavras:

Amigos, este ano foi de muitos encontros e reencontros, alguns cheios de alegrias e possibilidades, outros cheios de dúvidas e frustrações. Algumas tristezas por termos que nos despedir de seres queridos ou por termos que partir em busca de uma maior realização. Entretanto fica dentro de nós um registro: o quanto amamos e buscamos!

É bom lembrar este símbolo da sabedoria oriental – a Flor de Lótus. Nascida da escuridão do pântano, ela se ergue bela e luminosa à flor das águas, sob o esplendor do Sol.

Mais uma vez os anjos descem a Terra no Natal, trazendo presentes para a humanidade: Paz na Terra aos homens!

Assim, que a Paz e o ressurgir do Cristo que está em nós, a semente do Lótus adormecido, possam eclodir em cada um de vocês. Que a paz e a iluminação reinem em seu templo!

Sucesso no Natal de vocês, um novo renascimento!

Eu Sou Getulio.

Dezembro de 2009-12-20

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Maria Aristotelina de Cássia, dados biográficos


Maria Aristotelina de Cássia, minha mãe, nasceu em 23 de maio de 1913, na localidade rural de nome Clemente, em Visconde do Rio Branco, zona da Mata de Minas Gerais, tendo falecido em 1º de fevereiro de 2007. Teve pouquíssima instrução escolar, pois sendo do meio rural, começou bem cedo seu trabalho, não havendo tempo disponível para estudos. Ela nos dizia que começou a trabalhar aos seis anos de idade. Aprendeu muito com sua avó Gabriéla e com sua tia Antônia. Tinha conhecimentos de agricultura que aprendeu na prática do plantio e na observação. Bem jovem ainda foi trabalhar no centro da cidade, onde começou como arrumadeira de famílias conhecidas. No contato com essas pessoas refinou seus hábitos, pois tinha inteligência, capacidade de observação, respeito pelos mais velhos e afeto suficiente para estabelecer vínculos duradouros. Lembro-me que, quando crianças, eu e meus irmãos conhecemos todas as pessoas para quem ela prestou serviços quando solteira e pudemos apreciar suas conversas e lembranças de sua juventude. Ela e meu pai foram excelentes parceiros tanto no trabalho da lavanderia, como no compartilhar de horas alegres ou tristes de seus amigos e vizinhos de bairro.

Ela se casou em 23 de novembro de 1938 com Manoel Teixeira de Aguiar, filho de João Teixeira de Aguiar e Josepha Maria de Jesus, e nascido em Porto de Santo Antônio, MG.

A genealogia de nossa mãe é a seguinte: ela foi filha de Flauzina Maria Gabriella (14/02/1889) e teve como pai natural Jovelino Teixeira Lopes (filho de Francisco Teixeira Lopes e Ana Ferreira de Amorim). Foi neta materna de Gabriéla Maria de Jesus (19/12/1870) e Antônio Caconje. Seus bisavós maternos foram Gabriel e Thereza, africanos escravos da Fazenda da Bemposta, em Santa Rita do Rio Negro, Cantagalo, RJ.


Foto do dia de noivado de Aristotelina e Manoel pertence ao acervo da família não podendo ser reproduzida sem autorização. Demais fotos de família estão sendo postadas no álbum do PICASA.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Imagens de Piacatuba, Minas Gerais
























Piacatuba, próxima de Leopoldina, Minas Gerais, parece conter parte da história da nossa família. Há indícios de que Leontina, a filha mais velha de Josepha, nossa avó, tenha nascido ali pelos anos de 1889. Nesse tempo nossa avó estava casada com Belisário Francisco das Chagas, tendo sido mãe de cinco meninas e um menino. A cidade se apresenta bastante preservada no seu casario antigo. Essencialmente rural, vive a tranqülidade das cidades do interior de Minas onde o progresso chega lentamente na medida da necessidade da população. De fácil acesso, é cercada por cidades como Cataguases, Itamaraty de Minas, Astolfo Dutra, Dona Eusébia, além de Lepopoldina, região onde ainda vive a segunda geração de filhos de Josepha, agora Teixeira de Aguiar em virtude do segundo casamento com João Teixeira de Aguiar, originário da Bahia. As fotos acima nos mostram aspectos da cidade. Na primeira delas, um mural, onde jovens estudantes iniciaram a narrativa da história da cidade. Início da aventura: 1823.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

FOTOS POSTADAS NESTE BLOG

As fotos postadas neste blog serão sempre de propriedade do bloguista ou de sua família. Isto quer dizer que são de propriedade particular. As fotos da região de Cantagalo e outras regiões ligadas à nossa história foram tiradas pelo bloguista e são de sua propriedade. Se alguém se sentir ofendido ou invadido em sua privacidade por fotos ou textos expostos nestas páginas, o que não é do nosso feitio, deverá se dirigir pessoalmente ao proprietário do blog através do e.mail mailto:getulio.aguiar@uol.com.br, ou teguiar@hotmail.com (mais acessado por mim), para que as correções sejam feitas.

Demais fotos quando aqui expostas terão sempre autorização e registro de suas fontes e propriedades, à exceção daquelas de domínio público.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Antigo Engenho de Açúcar na Bahia



Assistam este video com reportagem sobre um antigo engenho de açúcar na Bahia. As informações sobre o local ensejam investigações sobre seus moradores desde o século 16 e suas origens. O local é histórico pois foi fundado nos primeiros anos após o descobrimento do Brasil.

http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=86958&channel=99


Fonte: CANAL RURAL /Grandes Fazendas: Fazenda Engenho d'Água - Bahia.

sábado, 14 de novembro de 2009

Coleção de Fotos da Família

As fotos de família e fotos de locais onde se desenvolveu e desenvolve a nossa história estão sendo agora colocadas no PICASA. Estamos no início da nossa experiência e nos próximos dias teremos uma acervo significativo de retratos de nossa gente.

Peço aos familiares que dêem sua sugestão de fotos e ao mesmo tempo a autorização para que elas sejam aqui exibidas.


Fotos recentes podem ser mandadas com os devidos comentários.
http://picasaweb.google.com/home?source=bloggerdashboard&hl=pt&pli=1

O Editor.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Família Teixeira de Aguiar

Recebi o seguinte e.mail trazendo-me uma informação importante sobre a família em questão:


'Prezado Getulio, sou descendente da família Teixeira de Aguiar e também pesquiso a genealogia. Já publiquei um simples trabalho "As Famílias que Povoaram a Zona da Mata Mineira" e estou finalizando uma nova edição.
Meu triavô era o Capitão Prudente José Teixeira de Aguiar (faleceu em 1883, em Santo Antônio do Aventureiro - Fazenda do Bosque) e sua esposa era Quirina Fortunata do Carmo Aguiar (família Moraes Sarmento e faleceu na cidade de Miraí) e tenho fotos antigas e inventários.'
Um outro e.mail de pessoa dessa família nos informa que o Capitão faleceu em uma caçada em sua fazenda.
Santo Antônio do Aventureiro fica na divisa com Além Paraíba-MG, onde viveram nosso avô João Teixeira de Aguiar e sua mãe, antes de seguirem para Dona Eusébia-MG.
Novas informações sobre a vida de nosso avô poderão ser trazidas a partir dessa nova trilha traçada a partir de Santo Antônio do Aventureiro. Meus agradecimentos a Mauro Senra Fernandes e Gloria Otto Springer, descendentes do Capitão Prudente pelas preciosas informações. Espero um dia estar com voces para desvendarmos mistérios de nosso passado.

sábado, 31 de outubro de 2009

Personagens Importantes da nossa História

Nascida Maria Aristotelina em 23 de maio de 1913, ela é a primeira neta de Gabriéla, a primeira menina da família, depois dos primeiros de sua tia Antônia, todos meninos. Dela ouvimos e guardamos memórias da vó Grabriéla, com quem viveu até o início de sua adolescência. Biografia da corajosa Tota, ou Aristota como a chamavam os mais velhos, está em preparo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Destino de Gabriéla: Descoberto de São João Nepomuceno

A chegada de Gabriéla em Descoberto de São João Nepomuceno, Minas Gerais, em 1882, transferida de Santa Rita do Rio Negro, distrito de Cantagalo, RJ, ainda é cercada de mistérios. A escrava Gabriéla, nossa bisavó, era ainda uma menina e tinha apenas 12 anos.
A localidade de Descoberto surgiu em torno de uma capela erguida por volta de 1820 por iniciativa de Dona Brígida Belarmino, líder dos garimpeiros.
A descoberta de ouro dera origem ao nome da futura cidade, que se tornou atração para garimpeiros e aventureiros que ali chegaram em quantidade, formando então o primeiro núcleo habitacional.
Vivendo os horrores da escravidão e longe de seus pais, a indefesa menina se vê grávida daquele que era seu dono. Este, cujo nome guardamos em nossos arquivos, era um descendente de cristãos novos, os mesmos a quem o Brasil fora entregue a partir do ciclo de cana-de-açúcar no nordeste, e que transitaram pelas minas de ouro de Minas Gerais, no ciclo econômico seguinte. Descoberto parece ter recebido parte desses descendentes de cristãos novos, que possuiram escravos na Espanha, desde muito antes do "descobrimento" do Brasil por Pedro Alvarez Cabral.
Expulsos da Espanha chegaram ao Brasil via Portugal.
Aventurando-se em terras brasileiras e assumindo a colonização da nova terra, sob vantajoso contrato com o rei de Portugal, eles ainda se serviram do negro africano a fim de movimentar os engenhos de açúcar no Nordeste, ainda no século 16.
Pouco sabemos dos índices de mineração em terras de Descoberto. Gabriéla nasceu na plenitude do ciclo do café, que inundou terras fluminenses, mineiras e paulistas, e foi causa de muitas transferências de escravos de outras regiões do Brasil. O proprietário de Gabriéla era um fazendeiro, segundo memória de nossa família, e de origem judaica, cujos pais podiam estar metidos em mineração, pois a filha de Gabriéla, nascida em 1883 e adotada pela família do pai, teve seu dote oferecido em ouro quando se casou com um Alves de Moraes, de ascendência espanhola e também descendente de cristãos novos, isto é, ex-judeus.
A Inquisição também provocou a movimentação desses judeus para o interior do Brasil, para onde fugiram em busca de anonimato. A região de Descoberto, na zona da Mata, pode ter sido um destino também seguro para eles.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

O Príncipe Essomeriq, um carijó de Santa Catarina na França

O navegador francês, Binot Paulmier de Gonneville, tendo assistido em Lisboa uma grande recepção a Cabral em julho de 1501, quando de seu retorno das Índias com três naus carregadas de jóias e especiarias, iniciou uma conexão marítima entre França e Brasil, meses mais tarde, tendo ele a partir daí elaborado um plano para também chegar ao oriente.

Foi financiado por seis ricos mercadores de Honfleur e acompanhado de auxiliares, dois ex-integrantes da frota de Vasco da Gama, de nomes Bastião de Moura e Diogo Coutinho, um espécie de traidores, pois contrariavam uma proibição de prestação de serviços desse tipo a estrangeiros estabelecida em alvará pelo rei de portugal.

Um só navio de 120 toneladas, o L"Espoir, zarpou de Honfleur, um porto movimentado às margens do rio Sena, em frente ao canal da Mancha, no dia 24 de junho de 1503.

Seguindo a rota dos portugueses, a tripulação enfrentou tempestades e calmarias, tendo a um certo momento perdido a noção de direçao e viajado sem rumo. O escorbuto, o mal do mar, vitimou alguns tripulantes. Finalmente o navio foi dar em terras de uma ilha solitária no meio do Atlântico, hoje chamada Tristão da Cunha, à altura da atual cidade de Mar del Plata. Ali parece que Gonneville teria desistido da viagem às Índias, pois dois anos mais tarde aporta às margens do rio São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, fronteira com o Paraná.

Permaneceram os franceses no local por seis meses. Foram bem recebidos pelo cacique Arosca, um Carijó da tribo guarani que dois anos mais tarde foi definida pelos jesuítas portugueses "o melhor gentio da costa". Binot Paulmier de Gonneville teve o seu navio L'Espoir carregado com carne de veado, frutas e pinhões. E ainda peles e penas.

A convivência com os índios foi pacífica. Estes, impressionados com a artilharia dos franceses, a quem julgavam deuses, escolheram um representante para seguir com o navio, nada mais que o príncipe Essomeriq, filho do cacique Arosca, um jovem de treze anos. Seu destino, a França, onde segundo seu pai, o esperto Arosca, deveria aprender a fabricar canhões, com os quais ele esperava derrotar os terríveis tupiniquins do litoral de São Paulo.

Em 3 de julho de 1504, o príncipe Essomeriq, acompanhado de seu tutor Namoa, parte no navio em direção a seu destino. A viagem de volta do L"Espoir continuou atribulada. Tempestades, febres tropicais e ainda o escorbuto atormentaram a tripulação. Namoa e outros foram atacados e morreram. Essomeriq não escapou da doença. Batizado como cristão às pressas a pedido de Paulmier de Gonneville, o jovem e saudável Essomeriq se curou.
Em terras da baía de Todos os Santos, na Bahia, o navio foi abastecido de uma preciosa carga de pau-brasil. Bem recebidos pelos Tupiniquim, o comandante e a tripulação, mais o príncipe Essomeriq seguem a viagem rumo à França. Em 7 de maio de 1505, entrando no canal da Mancha, na altura da ilha de Jersey, o navio sofreu o ataque de um pirata inglês do qual a tripulação se livrou apenas para encarar em seguida um pirata bretão. Sem alternativa, o navio foi atirado pelos marinheiros contra os recifes. Nadando para a terra, encontraram refúgio antes que fossem mortos pelos piratas.
Em 20 de maio de 1505, vinte e oito homens entraram a pé em Honfleur. Com eles, Binot Paulmier de Gonneville e o príncipe carijó Essomeriq. Eram os sobreviventes do navio L"Espoir, que fora saqueado pelos piratas. Restou apenas denunciar o ataque às autoridades locais.
O destino do príncipe carijó de Santa Catarina, Essomeriq, filho do cacique Arosca foi selado, então. Binot não teve como cumprir a promessa de levá-lo de volta ao pai. Então casou-o mais tarde com sua filha Marie Moulin, e o fez herdeiro de todas as propriedades para compensá-lo de uma perda. Tornou-se Essomeriq um cidadão respeitado em Honfleur, tendo falecido aos 94 anos, em 1583. Deixou muitos filhos, netos e bisnetos. Um de seus descentes, Jean Paulmier, tornando-se abade em 1658, escreveu um livro dedicado ao papa Alexandre VII. Nele solicitou que fossem enviados missionários ao sul do Brasil. Aí, a esse tempo, os Carijó já estavam praticamente dizimados, escravizados que foram pelo povo de São Vicente, bandeirantes e mamelucos.
Sobre os resultados da viagem de Binot Paulmier de Gonneville, tem-se que foi um fracasso comercial. Porém, foi a partir daí que se divulgou que o Brasil era grande demais para que os portugueses dessem conta. Navios normandos e bretões sem conta aqui vieram recolher com muita facilidade o pau-brasil para suprir a indústria têxtil européia de corantes.
Fonte: Eduardo Bueno, Terra Brasilis, vol. 2, Náufragos, Traficantes e Degredados, páginas 77 a 83. Editora Objetiva, RJ.

sábado, 19 de setembro de 2009

Paisagem de Cantagalo, RJ.

As palmeiras imperiais compõem uma paisagem de Cantagalo, um cenário comum do Brasil colônia durante o ciclo do café na região



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O pau-brasil e Fernando de Noronha, cristão-novo.

As primeiras reservas de pau-brasil no Novo Mundo foram encontradas em meio das florestas do Caribe por Cristóvão Colombo, que fez o registro de sua existência por carta aos Reis Católicos de Espanha em 1495. Em sua terceira viagem em 1498 ele recolheu 20 quintais ou seja, pouco mais de uma tonelada de toras da madeira. Em janeiro de 1500 Pinzón chegou ao nordeste brasileiro e dali recolheu 350 quintais, 21 toneladas de pau-brasil. Depois do aportamento de Cabral alguns meses mais tarde, foi Gaspar de Lemos que levou notícias da nova terra e certa quantidade de toras da árvore ao rei de Portugal.


Especialistas europeus da época entendidos em corantes naturais diziam não ser de igual qualidade ao da Índia o pau-brasil encontrado no Novo Mundo. Porém, devido ao elevado preço do produto depois da mudança da rota maritma causada pela tomada de Constantinopla pelos turcos, o produto do Ocidente foi bem recebido.


O pau-brasil era processado na Amsterdã, na Holanda, para onde era encaminhado após chegar a Portugal. O trabalho de cortar e raspar a madeira, transdormando-a em pó, era feito por prisioneiros, sendo essa indústria monopolizada pelo governo holandês.


Nessa história do pau-brasil entrou também Fernando de Noronha, que viu grandes possibilidades no negócio, ainda mais que o rei havia prometido a proibição da importação do pau-brasil do oriente, criando-se assim um monopólio para Noronha e seu grupo de cristãos-novos.


A respeito de ser Fernando de Noronha um cristão-novo, não se chegou a uma conclusão através das pesquisas genealógicas, porém uma carta escrita em 1506 por comerciante italiano de nome Lunardo de Cha Masser, morador de Lisboa, diz num trecho:


"O referido pau-brasil foi concedido a Fernão de Loronha, cristão-novo, durante dez anos por este Sereníssimo rei, por quatro mil ducados ao ano; o qual Fernão de Loronha manda em viagem todos os anos à dita Terra Nova os seus navios e homens, a expensas suas, com a condição que este Sereníssimo rei proíba que daqui em diante se extraia da Índia".


A referida carta traz outros detalhes do acordo do rei com Fernando de Noronha, que lhe daria um lucro líquido anual de 36 mil ducados.


Nos arquivos portugueses, Fernando de Noronha ou Fernão de Loronha aparece pela primeira vez numa carta de quitação de débitos assinada pelo rei D. Manoel em 26 de março de 1498. Chegou a Portugal vindo de Artúrias, Espanha, e sua família era originária da Inglaterra, possivelmente da região de Lotheringen, na fronteira com a Escócia. Não sabemos ainda se havia judeus nessa região da Inglaterra, o que poderia confirmar suas origens judaicas.


Antes de 1500 Loronha (é este o sobrenome correto) esteve negociando pimenta- malagueta, sendo um dos principais negociantes desse produto em Portugal, juntamente com o banqueiro florentino, Bartolomeu Marchioni. Ele se tornou também armador, enviando por conta própria navios à Índia após o descobrimento da nova rota.


Em 1504 ele se tornou donatário da ilha que mais tarde recebeu o seu nome, a primeira capitania hereditária do Brasil, que até meados do século 17 pertenceu a seus descendentes.


Não é provável a vinda de Fernão de Loronha para o Brasil numa primeira expedição , pois sua rede de negócios internacionais estava centrada em Portugal. Entretanto ele permaneceu ligado ao negócio do pau-brasil, sendo seus navios enviados ao Brasil até 1511, pelo menos. Em 1524 ele morava em Lisboa. Naquele ano o rei D. João III, sucessor de D. Manoel, o fez fidalgo de armas, presenteando-o com um brasão especial.
Fonte de pesquisa: Eduardo Bueno, Terra Brasilis, vol.2, Náufragos, Traficantes e Degredados, fls. 60 a 64. Editora Objetiva-RJ.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O nome Brasil, sua verdadeira origem

Um crescente número de navios vinha todos os anos recolher cargas de pau-de-tinta no território batizado por Cabral de Terra de Vera Cruz em 1500. A partir de 1504, porém, o mesmo território passaria a ser conhecido como Terra do Brasil. Não há como comprovar que o nome Brasil tenha sido tirado de pau-brasil, a árvore que abriu o primeiro ciclo econômico nesta terra, e tanta riqueza produziu naqueles primeiros tempos da colônia. Existem mais de vinte interpretações para a origem da palavra brasil e as discussões estão longe de terminar. Certo é que a palavra é mais antiga que o costume de utilizar o extrato da tal árvore para tingir tecidos.

As cartas geográficas antigas já assinalavam em águas do mar Tenebroso, o atual Oceno Atlântico, a existência de uma ilha mitológica - Hy Brazil. Um mistério.

O mais provável é que brasil provenha do francês "bersil", cujo significado seria "brasa". Brasil vem também do celta "bress", que deu origem ao inglês "to bless" (abençoar). O termo brasil foi utilizado para batizar a ilha da Bem-Aventurança, a lendária Hy Brasil, que teria sido descoberta no ano de 565 pelo monge irlandês São Brandão. Assim, parece que os dois significados, o francês e o inglês, fundiram-se para nos trazer a denominação Brasil.





Fontes de pesquisa: Eduardo Bueno, Terra Brasilis, vol. 2, Náufragos, Traficantes e Degredados, Editora Objetiva-RJ.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os mulçumanos na Bahia do Brasil colônia

Nas últimas décadas do século 18 e ao longo do século 19, Hauçás, Nupes e outros povos africanos islamizados vieram integrar a já numerosa população escrava da Bahia, especialmente a partir de volumosos desembarques de cativos de fala Yoruba no século 19. As origens desses escravos mulçumanos estariam relacionadas ao contexto próprio do interior das áreas da Baía de Benin e à Jihad do Xeque Usman dan Fodio (morto em 1817), fundador do Califado de Sokoto. A resistência à escravidão dos negros muçulmanos da Bahia, culminando com a revolta dos Malês de 1835, tem forte ligação com o movimento Jihad no interior da Baía de Benin, o que significa que trazidos como cativos para o Brasil eles tinham a liberdade como um dos preceitos de sua religião.

Fontes:
http://www.ifcs.ufrj.br/~ppghis/pdf/topoi1a1.pdf

http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2006/09/o_que_e_jihad.html

http://www.islamnatal.org/islamnobrasilrevolta.html

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Esméria, mãe de João Teixeira de Aguiar

Bahia. Um dia olhei o mapa da Baía de Todos os Santos e fiquei a imaginar em qual daquelas numerosas cidades poderia ter nascido nosso avô João Teixeira de Aguiar e sua mãe Esméria. Suas origens na Bahia são ainda mistério. Ele nasceu no ano de 1859. Baseado nisso, podemos imaginar também que ela, Esméria, possa ter vindo diretamente de alguma nação africana nos anos finais do tráfico negreiro. Não sabemos ao certo, mas espero um dia chegar aos registros existentes em alguma das numerosas igrejas daquele estado. A sua condição de escravos não se encontra na memória dos Teixeira de Aguiar. Sabemos que tiveram uma passagem por Além Paraíba, Minas Gerais, e o destino final deles foi Porto de Santo Antônio, nos finais do século 19, em pleno ciclo do café na zona da Mata mineira. Encontramos em Além Paraíba dois registros de filhos de uma Esméria: Horácio, 1862, e Brasilina, 1863. A investigação através desses registros pode nos trazer mais algumas informações.

Informações sobre a Bahia e as maravilhas da Baía de Todos os Santos nos sites abaixo:


http://ospiti.peacelink.it/zumbi/org/germen/tsantos.html

sábado, 12 de setembro de 2009

Cantagalo, RJ, região serrana.






Igreja da paróquia da Santíssima
Trindade em Cantagalo, RJ, sede do municipio.





















Moderna praça de Cantagalo.


















O galo é o símbolo da cidade.


















sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Boa Sorte, Cantagalo

Seguindo o caminho de Euclidelândia encontramos o Distrito de Boa Sorte assentado em terras desmembradas daquela que foi Santa Rita do Rio Negro. Também cercada de montanhas e matas remanescentes, é supertranqüila. Alguns quilômetros adiante está a Fazenda da Bemposta, onde nasceu nossa bisavó Gabriéla. Mais à frente está o rio Paraíba do Sul, que separa o estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essa região de Boa Sorte, município de Cantagalo, guarda muita semelhança com a zona da Mata mineira. No ciclo do café, muitos mineiros que se retiraram das regiões de mineração vieram explorar o plantio e colheita do café nessas terras. Quando ali estive senti-me em casa. Abaixo vemos a principal igreja da cidade.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Paisagem de Euclidelândia, Cantagalo
















Euclidelândia, terra de Euclides da Cunha, uma dia foi Santa Rita do Rio Negro, freguesia em que nasceu minha bisavó Gabriéla, em 1870. Incrustada nas montanhas e cercada de uma paisagem rural, viveu as glórias do ciclo do café no século 19.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Em defesa da Raça Brasileira - Daiane dos Santos

A pedido da Rede BBC Brasil, o geneticista Sérgio Danilo Pena, pesquisador da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e do Laboratório Gene, realizou exames de DNA em nove brasileiros ditos famosos, todos afro-brasileiros, isto é, descendentes de africanos. Os resultados iniciais foram surpreendentes, pois mostraram ser muito mais complexa a mistura racial no Brasil, considerando origens europeias, indígenas e africanas.

Já em 2007 foram divulgados os resultados relativos à ginasta Daiane dos Santos. Com uma possível pequena margem de erro, eis o resultado: Sangue africano, 39,7%, sangue europeu, 40,8%, sangue indígena, 19,6%. O pesquisador alerta que não se pode dizer por esse resultado que a notável atleta seja mais européia e menos africana. Pessoalmente eu valorizo a força da mistura no que diz respeito ao resultado final, a combinação de diversos gens na extraordinária Daiane.

Outras pessoas famosas no Brasil se submeteram ao mesmo exame anteriormente. Novas surpresas.

A compreensão da formação racial dos brasileiros hoje está apoiada em bases científicas. Mesmo em se tratando da origem dos negros brasileiros, é possível detalhar de qual região e nação da Africa foram tirados, independentes de onde se encontram hoje seus descendentes.
Para maiores informações sobre o assunto, leiam a reportagem na qual me baseei e as informações sobre exames para pesquisas genealógicas:


http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL43530-5603,00.html

http://www.laboratoriogene.com.br/?area=genealogia

http://www.daianedossantos.com/brasil.html

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Paisagens de Cantagalo, terra de Gabriéla



Degrau de pedra lavrada por mão escrava. O trabalho nas fazendas exigia uma especialização, seja na lavoura ou nas construções. Muito do artesanato utilizado nas fazendas era feito pelos escravos. Assim o movimento dessas fazendas era constituído não só de lavradores, mas mestres de obras, pedreiros, sapateiros e outros artesãos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A História Oculta do Continente Africano

A África fazia parte do continente da Lemúria, um local de grande cultura, verdade e beleza, no passado. A antiga Lemúria conheceu uma era de Liberdade e Iluminação, que é desconhecida da história atual. Foi uma civilização da era de ouro, com muitos avanços científicos e tecnológicos. Na África existiram também eras de ouro. A raça negra ali criada era chamada de a raça azul e violeta, pois sua pele possuia esses tons de uma forma sutil. Ela encarnou naquele continente com a missão de expressar na antiga civilização a mestria nas qualidades do poder, da fé e da vontade divina (raio azul), e as qualidades da justiça e da misericórdia divinas (raio violeta), sendo ainda hoje seu dharma, sua missão.


Houve um momento em que a humanidade passou a se desviar de seu verdadeiro caminho. A raça negra não fugiu à regra. Seres caídos passaram a encarnar no planeta, trouxeram a guerra e seus instrumentos. Suas artimanhas. As técnicas de dividir para conquistar foram difundidas por toda a Terra. O Homem tornou-se escravo de seus próprios sentimentos: ódio, supertição, luta pelo poder, luta entre irmãos, a falta de fraternidade, raiva e discórdia.


A raça negra recebeu um mestre que encarnou entre eles num dado momento. Ele veio trazer para os de sua raça o sentido da fraternidade e da união, e conduzi-los no caminho da ascensão. Seu nome, Afra. Viveu há 500 mil anos em uma antiga civilização que existiu no continente que recebeu o nome em sua homenagem - Africa.


É tarefa daqueles que são chamados de filhos da Luz promover a união entre as raças como foram criadas no princípio, acima de qualquer crença ou religião, pois o que distingue uma pessoa da outra é a qualidade do coração e a chama divina que expressa.


Fonte de estudos: Afra, O Mestre Ascenso patrocinador da Raça Negra. Compilação dos Ensinamentos de Elizabeth Clare Prophet, Summit Lighthouse do Brasil, 2005.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um Registro Histórico do Batismo de Gabriéla

Este é um fragmento do registro de batismo de minha bisavó, evento ocorrido em 18 de outubro de 1871. Naquela ocasião foram batizadas sete crianças. As últimas nascidas escravas na Fazenda da Bemposta (na margen esquerda do manuscrito encontra-se a notação do nome da fazenda e o nome das crianças). A cerimônia solene se deu na Fazenda de S. Thomaz, na mesma freguezia de Santa Rita do Rio Negro. Aí foi selado o destino de Gabriéla: devota de Santa Rita de Cássia. Mais tarde ela aprenderia a orar pela sua Liberdade.
Clicar na imagem para ampliar e visualizar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Gabriéla Maria de Jesus, Cantagalo, 1870

Gabriela, minha bisavó, nasceu no dia 19 de dezembro de 1870, num distrito de Cantagalo denominado Santa Rita do Rio Negro, hoje conhecido como Euclidelândia, nome dado em homenagem ao escritor Euclides da Cunha, que ali nasceu na Fazenda Saudade. Gabriela teve como pais Gabriel e Thereza. Conforme está registrado em seu assento de batismo, que foi realizado no ano seguinte ao seu nascimento, juntamente com outras seis crianças da mesma fazenda - a Bemposta, foi filha legítima, embora tenha nascido escrava, como eram seus pais.
Minha mãe, sua neta, informou-nos que Gabriela teve mais duas irmãs, Justina e Clemência, cujos registros de batismo estou tentando localizar no mesmo distrito, ou nas redondezas daquele lugar. Pode ser que Justina e Clemência tenham deixado descendentes. Andei sondando em Boa Sorte, distrito desmembrado de Euclidelândia, onde se localiza hoje a Fazenda da Bemposta. Mais à frente, falarei um pouco dessa fazenda, de seus tempos de glória.
Gabriela nasceu no período do ciclo do café naquela região de Cantagalo e viveu ali até 1882, quando havia completado 12 anos. Então foi transferida para Minas Gerais, sendo forçada a deixar a família para trás. Seu destino foi a cidade de Descoberto, conforme registros memoriais, tendo ela se mudado para Visconde do Rio Branco após ganhar a liberdade, acompanhando algumas famílias que para lá se transferiram.
Quando examinamos hoje a descendência de minha bisavó assentada em regiões de Minas Gerais (Visconde do Rio Branco, Viçosa, Ponte Nova, Ouro Branco e Belo Horizonte), São Paulo e Paraná, sentimos que as condições desfavoráveis à sua existência foram a chave para a sua grande vitória, que foi deixar uma parcela da nossa população com a marca de seu verdadeiro valor, que é o valor da gente africana. Já em Visconde do Rio Branco, Gabriela contribuiu com seu trabalho na lavoura. Foi cozinheira e, nas horas de folga, parteira, o que era ainda usual nos finais do século 19 e primeiros anos do século 20. Onde aprendeu isto, não sei.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Genealogia e História do Brasil: Judeus e Cristãos Novos

Nenhum trabalho de genealogia pode dispensar o estudo da real história do Brasil, agora disponível através de diversas e importantes obras produzidas após intensas pesquisas nos arquivos hoje abertos aos historiadores, tanto no Brasil como em Portugal. Um dos assuntos mais fascinantes é a história dos cristãos novos, que originariamente formavam uma grande comunidade de judeus na Espanha, país ainda em formação. Experientes em negócios, finanças, agricultura, navegação, ciência e religião, pois representavam um cultura milenar, passaram a causar certo incômodo, gerando um problema político e social. Possivelmente havia o receio de que dominassem a região, pois muitos tornaram-se ricos e donos de propriedades, e influentes em muitos casos. Fazendo um leitura dessa história europeia, em que estava envolvido Portugal, e depois Espanha, percebe-se que possivelmente por trás das grandes navegações está também o dedo de judeus ricos que podem ter financiado esse empreendimento, em parte, pois era um negócio altamento rendoso. Primeiro as especiarias e outros produtos. No Brasil, o pau-brasil. Certamente esses judeus não estavam somente na Espanha. Espalhados pelo mundo, podiam estar na Espanha (uma grande comunidade), em Portugal, Itália e Holanda. Onde houvesse um excelente núcleo econômico, pois eram inteligentes e empreendedores, aí estavam eles. Expulsos da Espanha em 1492, por uma aparente perseguição religiosa, entraram em massa em Portugal onde o batismo na Igreja Católica foi obrigatório. Disse então o rei para todo o mundo ouvir: "Aqui não há judeus, só cristãos". Esperto, o regente não lhes criou grandes problemas e os manteve segundo o interesse da Coroa, pois deles cobrava impostos de tudo. Gado, propriedades, agricultura, etc. A Inquisição por volta de 1492 já pousava suas asas diabólicas nas redondezas. Perseguição, prisão, confisco de bens, terror, torturas e morte na fogueira. A vinda dos judeus cristãos novos para o Brasil ainda não é, ao que parece, uma história contada nas escolas. Eu soube desse assunto recentemente, quando meus cabelos já haviam se tornando levemente prateados, "going grey", como me ensinou minha professora de inglês. Hoje os estudiosos nos revelam com quase cem por cento de acerto, que os tais "portugueses" que iniciaram a colonização do Brasil, eram esses cristãos novos, que foram perseguidos até neste país pela Inquisição, sob a acusação de continuar a praticar o seu judaismo milenar e sagrado. Apesar de tudo eles movimentaram os engenhos de açúcar no nordeste, a mineração, em Minas Gerais principalmente e o negócio do plantio do café; foram ricos mais uma vez, influentes e Barões nomeados pelo imperador, no período que vai do século 16 a 19. De uma maneira ou de outra, não podemos dizer que temos hoje cristãos novos, mas descendentes. Existem listas de nomes contendo parte dos cristãos novos que viviam no Brasil. Se não havia no princípio o elemento feminino disponível, os "casamentos" foram realizados informalmente com as indígenas, e em muitos casos com as escravas africanas, que já estavam no Brasil a partir do século 16. Essa formação da população brasileira é notável e o exame dos componentes raciais contidos nos exames de DNA, hoje possível, revela aquilo que os livros não falam e que a população esqueceu, ou lhe foi ocultado. Poucas pessoas no Brasil podem se declarar "caucasianos" puros. Segundo li, somente os primeiros descendentes de italianos nascidos no Brasil, de primeira geração, como exemplo. Da segunda geração em diante, o exame do DNA pode revelar o que aparentemente se revelava impossível: uma certa dose de sangue indígena ou africano, ou ambos. Mas o assunto relativos aos italianos é mais recente, pois aqui chegaram nos anos finais do século 19. Quando faço a minha genealogia, tenho como base minha raiz africana, tanto pelo lado de meu pai quanto de minha mãe. Porém, como sempre acontece na formação das raças por miscigenação, na minha família, até agora, ainda ocorre interferências raciais estranhas à sua pureza africana original. Isto é inevitável, pois vivemos num país livre e extraordinário em todos os sentidos. Finalizando, quero dizer que a inluência dos cristãos novos desde Portugal se fez notar em todos setores da vida humana, inclusive religioso. Muitos deles ingressaram nas ordens religiosas da Igreja, e essa influência, em muitos casos, pode ser positiva ainda hoje.
Abraços.
Recomendo os seguintes sites contendo alguns dos assuntos acima:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Genealogia, uma busca espiritual

Olá! Finalmente começo o meu blog, que tem como objetivo proporcionar um contato mais íntimo como todos os membros de minha família e meus amigos, para despertar um real interesse na busca de nossas raízes. Para estarmos mais juntos nessa busca fascinante de nossos antepassados. Chamo isso de uma busca espiritual, a busca do espírito que moveu nossa própria existência. Que misteriosamente nos colocou exatamente no ponto em que nos encontramos.
Também ofereço este blog a todas as pessoas que, encontrando esta página, possam estar conosco, trazendo sua opinião e sua colaboração. O assunto central deste blog é Genealogia, porém este é um grande motivo para nos encontrarmos sempre. Outros assuntos serão apresentados, desde que tenham a ver com nossa família, nossos amigos, nossas tradições, o Brasil e o mundo.
Um dos ramos de nossa família é o de Gabriela Maria de Jesus, nascida no Estado do Rio de Janeiro (1870). Ela foi a mãe de Antônia Maria de São José (1883), Paulino José de Souza (1888), Flauzina Maria Gabriela (1889) e Missias (1891). Ela teve uma passagem por Descoberto de São João Nepomuceno e depois foi para Visconde do Rio Branco, Minas Gerais.
Outro ramo é o de Josepha Maria de Jesus (1873), que se casou primeiramente com Belisário Francisco das Chagas (1862), tendo seus seis primeiros filhos. Viúva, ela se casou com o baiano João Teixeira de Aguiar (1859). A região de Josepha, mãe de meu pai Manoel, parece ser mesmo Cataguases, mas ela pode ter nascido em algum distrito dessa região ou Leopoldina. Tivemos notícia que ela tinha parentes em Descoberto de São João Nepomuceno, Minas Gerais, o que coloca seu ramo familiar mais próximo do primeiro. Pode ser que estivessem juntos, num dado momento, na mesma cidade. Ambos os ramos são essencialmente de origem rural.
A Gabriela nasceu escrava em Cantagalo. Josepha foi ventre livre, talvez. Seus dois maridos podem ter sido escravos, pois nasceram em 1862 e 1859, respectivamente.
Todos os registros que temos até agora tornam a nossa história muito especial. Com muitas lutas, algum sofrimento e muitas vitórias.
Um abraço em todos e sejam bem vindos!