Getulio Aguiar, tenor, e Eduardo Pio, violonista, estarão se apresentando na Capela Nossa Senhora Aparecida, na Alameda da Represa, Bairro Havaí, Belo Horizonte, a partir das 19 horas do dia 14 de agosto de 2010, sábado. No repertório: Heitor Villa-Lobos, Cláudio Santoro e Tom Jobim. Trazem também as poesias de Dora Vasconcellos, Vinícius de Morais e do próprio Tom Jobim nas canções. Outros artistas se apresentarão. Promoção da Paróquia com entrada franca. Telefone da Igreja: 31 2512-8106
Chagas e Teixeira de Aguiar são os sobrenomes dos dois maridos de minha avó Josepha Maria de Jesus, sobrenomes estes que foram dados a primeira geração dos dois casamentos. Assim filhos e filhas do primeiro casamento com Belisário Francisco das Chagas receberam o sobrenome Chagas, enquanto os do segundo casamento com João Teixeira de Aguiar receberam seu sobrenome. Este blog também vai hospedar os registros relativos à bisavó Gabriéla Maria de Jesus e seus descendentes.
Presídio no Século 19
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
CANÇÃO BRASILEIRA EM DESTAQUE
Getulio Aguiar, tenor, e Eduardo Pio, violonista, estarão se apresentando na Capela Nossa Senhora Aparecida, na Alameda da Represa, Bairro Havaí, Belo Horizonte, a partir das 19 horas do dia 14 de agosto de 2010, sábado. No repertório: Heitor Villa-Lobos, Cláudio Santoro e Tom Jobim. Trazem também as poesias de Dora Vasconcellos, Vinícius de Morais e do próprio Tom Jobim nas canções. Outros artistas se apresentarão. Promoção da Paróquia com entrada franca. Telefone da Igreja: 31 2512-8106
domingo, 8 de agosto de 2010
Um pouco de poesia: AMAR
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Autor: (Carlos Drummond de Andrade)
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Autor: (Carlos Drummond de Andrade)
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