Presídio no Século 19

Presídio no Século 19
Matriz

Pesquisar este blog

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Feminino em Jorge Amado: Gabriela, Cravo e Canela

Podemos levar estas palavras a um plano muito mais elevado do que a poesia já apresenta e podemos estabelecer a nossa reverência à polaridade feminina de Deus, a Mãe Divina, transportando depois essa realidade do mundo do espírito para o plano terreno, onde reverenciamos o feminino dignificado em todas as suas manifestações: a mulher, a natureza e toda a sua criação.

Alegre Menina

- Oh! que fizeste, sultão, de minha alegre menina?

- Palácio real lhe dei, um trono de pedraria. Sapato bordado a ouro, esmeraldas e rubis. Ametista para os dedos, vestidos de diamantes. Escravas para servi-la, um lugar no meu dossel... E a chamei de rainha, e a chamei de rainha!!

- Oh! que fizeste, sultão, de minha alegre menina?? Só desejava a campina, colher as flores do mato... Só desejava um espelho de vidro para se mirar... Só desejava do sol o calor para bem viver, só desejava o luar de prata para repousar. Só desejava o amor dos homens para bem amar, só desejava o amor dos homens para bem amar...

- No baile real levei a tua alegre menina. Vestida de realeza, com princesas conversou. Com doutores praticou, dançou a dança faceira. Bebeu o vinho mais caro, mordeu fruta estrangeira. Entrou nos braços do rei, rainha mais verdadeira... Entrou nos braços do rei, rainha mais verdadeira...

Nenhum comentário:

Postar um comentário